O Congresso é uma oportunidade de entender um pouco sobre objetos voadores não identificados, presença de alienígenas no planeta Terra, abduções, tipos de contatos, tecnologia e outros pontos de vista. Entrevistei com exclusividade um dos ufólogos mais reconhecidos no Brasil e no mundo pelos trabalhos na área da ufologia.
Ademar José Gevaerd é ufólogo e editor da Revista UFO. Participou de várias produções de TV e de documentários sobre ufologia no Discovery Channel, National Geographic Channel e no History Channel. É conhecido internacionalmente pelas investigações de campo dos casos de Ovnis no Brasil.
Gevaerd: Desde sempre. O universo tem quase 5 bilhões de anos. Há planetas que existem há 4 bilhões de anos e civilizações que existiram ao logo de todo esse período. A Terra tem uma civilização que, segundo estudiosos, tem por volta de 160 mil anos. Isso não é nada comparado com a escala de existência da vida no universo. Há civilizações que surgiram e desenvolveram como a nossa surgiu e desenvolve, mas há milhões de anos. Essas civilizações se desenvolveram e passaram a explorar outros mundos, assim como estamos fazendo agora. Começaram a explorar seus sistemas estrelares, ir até os planetas vizinhos e depois a lugares mais distantes do sistema solar. Então, desde sempre, a Terra vem sendo visitada por muitas civilizações. Há aquelas civilizações mais antigas que visitam a Terra e aquelas que estão chegando agora. Estima-se que daqui a trinta anos, nós terráqueos teremos tecnologia para visitar outros planetas.
Adriana Santos: Por que os contatos não são públicos, já que, segundo alguns estudos, muitos deles têm consciências superiores e tecnologias avançadas?
Gevaerd: A maioria deles tem consciência superior à nossa. Todos, absolutamente todos, têm tecnologia mais avançada, porque eles conseguem chegar até a Terra. Eles têm máquinas que conseguem ir a outros planetas. Veja a nossa dificuldade. Para que possamos enviar uma sonda para marte, precisamos de alguns bilhões de dólares e 26 meses de espera. Agora, parece que tem uma técnica que pode levar uma sonda lá em 18 meses, mas estamos muito longe de levar uma tripulação. E quando chegarmos ao ponto de levar uma tripulação, ela não voltará. Vai morrer lá. Com certeza as civilizações que nos visitam têm tecnologias mais avançadas. É muito provável que suas consciências, que suas espiritualidades, que seus conceitos de moral e ética também sejam bastante avançados. Essas coisas devem andar juntas, mas nós não sabemos. Agora, qual o motivo dos contatos não serem públicos? Talvez porque eles não queiram. Será que eles têm regras para não interferir. Isso é muito importante. Uma civilização mais avançada do que a nossa poderia provocar um impacto tão grande, tão profundo que não nos reconheceríamos mais. Logicamente, historicamente, religiosamente, cientificamente, moralmente, eles estão mais avançados. Seria inconcebível um relacionamento com eles. A não interferência deve equilibrar as regras do jogo. Eles vão se apresentar quando estivermos em condições de entender e o impacto não for tão duro.
Adriana Santos: Qual a relação entre Ufologia e Espiritualidade? Quando as duas áreas começaram a ter alguma relação?
Gevaerd: Estamos falando de espiritualidade e não de espiritismo. Estamos falando de uma coisa mais ampla. Espiritismo é espiritualidade, mas espiritualidade não é espiritismo. Eu entendo da seguinte maneira: nós e os seres que nos visitam somos praticamente idênticos. Eles quando descem de suas naves, há milhares de anos, sempre foram vistos com dois braços, duas pernas,um tronco, uma cabeça. É uma indicação clara que a humanidade está espalhada por uma vasta área do universo, em inúmeros planetas, inclusive em planetas mais atrasados do que o nosso. Se levarmos em consideração que somos entidades que temos um corpo dotado de um espírito, é possível que eles sejam também. Se eles são mais avançados do que nós, eles vão ter um controle do seu espírito, assim como nós pretendemos ter um dia. Primeiro é por aí, uma explicação bem óbvia. Segundo a ufologia, são muitos campos de exploração do conhecimento humano, não só material, mas também espiritual. A ufologia necessita de todas as ferramentas para que possamos entender o fenômeno ufo. Nós temos a ferramenta da ciência, da psicologias, da sociologia, mas também precisamos das ferramentas espirituais. Na falta de uma expressão melhor, vamos chamar de ferramentas espirituais, canalizações, corporações. Coisas que acontecem muitas vezes em centros espíritas, são manifestações de seres extraterrestre, que se encontram nessa situação para se aproximar da gente por um outro ângulo.
Adriana Santos: Os “alienígenas” têm valores morais e éticos como os humanos?
Gevaerd: Sim. Eles demonstram uma semelhança, um provável grau de parentesco. São seres que agem com ética. É provável que devem ter conceito de moral. Pelo menos é assim que se acredita. Não há muita lógica um civilização progredir, sem ter condições de um refino gradual da ética e moral. Nós próprios temos, ao longo do tempo, refinado nossos princípios de ética, moral e comportamentos sociais. Nos últimos 20 anos, nós temos mais respeito pelo meio ambiente. Não fumamos mais em restaurantes. Aceitamos relacionamentos homoafetivos, quando antes era tabu. Hoje temos um senso moral mais refinado.
Adriana Santos: Há planetas habitados por seres mais primitivos que os humanos?
Gevaerd: Certamente que sim. Se você fizer uma escala, digamos de 0 a 100, em termos de degraus de evolução, vamos dizer que a Terra esteja aí em um degrau 30, 40 por ai. É um planeta razoavelmente civilizado, mas não avançado. Imagine que temos 7,5 bilhões de seres humanos, sendo que 2,5 bilhões passam fome. Então a Terra é um planeta atrasado. Em compensação temos uma tecnologia e uma perspectiva de futuro. Mas claro que há aqueles planetas que estão nos degraus inferiores. Há civilizações que estão germinando hoje, ainda em estado embrionário. Assim como há civilizações que estão na idade da pedra. Os caras devem estar comendo picanha crua porque não descobriram o fogo. Há civilizações tão lá na frente que não temos ideia como seriam de tão avançadas.
Adriana Santos: Há “alienígenas” ente os humanos?
Gevaerd: Sim justamente porque eles são tão semelhantes a nós, perfeitamente idênticos, têm condições de passar despercebidos entre nós. Ai eu recorro mais uma vez o exemplo humano. Suponha que daqui a 30, 50, 100 anos tenhamos uma tecnologia que nos leve com segurança e rapidez a outros planetas mais atrasadinhos (uma Terra dos anos 40 e 50 ou até mesmo agora). Como seres semelhantes a eles, provavelmente faríamos uma experiência antropológica, sociológica em outras civilizações planetárias. Nós infiltraríamos para ver como eles vivem, como eles formam suas famílias, como eles formam seus conceitos de sociedade, como eles edificam suas residências, como se locomovem, como eles apreciam a natureza. Nós certamente vamos ter esse interesse. Isso é a ralidade de uma grande quantidade de raças que nos visitam. Alguns são mais altos, outros mais baixos, uns têm a pele mais escura ou mais clara têm aqueles com cabelo mais alvo. Não importa. Importa que o formato humano é idêntico. Você na rua não vai encontrar duas pessoas iguais, mas parecidas. Mesmo que esses seres sejam parecidos conosco, eles não serão iguais, mas eles poderão passar desapercebidos. Você passa pela rua de Belo Horizonte e vai ver gente feia, gente bonita, gente magra. Não dá para dizer quem é ou não é daqui. Pelas mesmas razões não temos condições de detectá-los. Talvez algumas pessoas possam identificar.
Adriana Santos: O que é e como acontecem as abduções?
Gevaerd: As abduções até um tempo atrás, as clássicas, aquelas de sempre, ocorrem quando você, por exemplo, está dirigindo o seu automóvel por uma estrada erma e de repente, por alguma razão, sente vontade de parar o carro. Depois você retorna para seguir até o seu destino, porém você esperava chegar em uma hora X e você chega cinco horas depois. O que aconteceu com você? A mesma coisa acontece quando uma pessoa desce de um ônibus, à noite, depois da escola, da faculdade, do trabalho e precisa andar seis quadras até chegar em casa, mas a pessoa só vai chegar na manhã seguinte. Como? São situações que as pessoas são levadas contra sua vontade. Elas não se lembram do que aconteceu durante horas. Podem ser duas, três, cinco, seis horas… Ás vezes as pessoas são levadas por dia. Quando são devolvidas, 99,9 por cento ficam sem memória. Apenas algumas pessoas têm sintomas, fragmentos de memória que se manifestam, possibilitando uma investigação através de um método chamado hipnose regressiva. Descobrimos que durante aquele tempo que elas não lembram do que aconteceu, elas foram abduzidas, levadas a bordo de naves. Lá em geral são submetidas a exames médicos. Inclusive são extraídos das mulheres óvulos e extraídos dos homens sêmen. A gente sabe o que se faz com isso ai. O material genético serve para fazer bebê – 9 de cada 10 abduções são para retirar material genético. Agora de um tempo para cá nós descobrimos, não quer dizer que isso já não vinha acontecido ha muito tempo, mas descobrimos que os seres extraterrestre não necessariamente precisam levar as pessoas a bordo das naves. Eles podem entrar em nossa casa. Podem entrar no nosso quarto, quando dormimos. Eles fazem praticamente a mesma coisa, quando nos levam a bordo das naves. E mesmo que você esteja dormindo com seu namorado, seu marido, e os interesses deles é por você, não adianta gritar, tentar acordar seu companheiro. Eles vão fazer o que precisam fazer com você. São formas de abdução, entre muitas outras coisas.